Reportagem com Roubini, um BEAR visionário ou fracassado?!?!?!?!
Conhecemos o Sr. Roubini através de reportagens da Infomoney.
Depois, pesquisando um pouco, percebemos que ele é um "grande BEAR", ou seja, sempre aposta na baixa do mercado (um BULL aposta na alta do mercado)
Assim, pode estar ganhando bastante dinheiro e fama agora, mas certamente perdeu feio nos últimos 2 anos, quando o mercado americano subiu, imperando o BULL.
Como os períodos de baixas e da altas no mercado financeiro se alternam, sempre haverá alguém acertando e outro errando....
Em entrevista à InfoMoney, Roubini enfatiza que Fed não tem poder de solução
Desde o início da crise do subprime, o Banco Central norte-americano já reduziu a Fed Funds Rate em 2,25 pontos percentuais, de 5,25% para 3,00% ao ano. Investidores comemoraram a iniciativa, enquanto analistas e economistas mais críticos viram-na como mero paliativo.
Nouriel Roubini está entre os que descartam salvações via política monetária. Por mais que a equipe de Ben Bernanke se esforce, as mazelas do cenário atual soam muito mais profundas que cortes radicais no juro dos EUA.
Em entrevista à InfoMoney, o professor da Universidade de Nova York - conhecido como um grande bear - detalhou argumentos por trás da tese de que a recessão é maior que o poder do Fed. Nada animador.
Entenda por que Roubini está tão preocupado:
É mais que isso
No que diz respeito à política monetária, acho que o Fed continuará reduzindo a taxa básica de juro norte-americana, embora sem que isso signifique uma solução para os problemas fundamentais que experimentamos.
Flexibilizações monetárias são recomendadas para situações de baixa liquidez nos mercados financeiros. Contudo, o sistema econômico mostra agora não apenas uma restrição de liquidez, mas também complicações de crédito e insolvência. Sobre setores como o imobiliário, automotivo ou de bens duráveis, os cortes da Fed Funds Rate não são tão efetivos no curto prazo.
Fora do alcance
Muitas instituições financeiras vinham adotando a prática de tomar recursos líquidos com vencimento em curto prazo e aplicá-los em ativos de baixa liquidez com maturação longa. Elas sempre estiveram sujeitas ao risco da liquidez limitada, mas pareciam ignorar a chance de um revés.
Ao contrário dos bancos tradicionais, essas instituições financeiras não conseguem acessar as linhas de financiamento auxiliares do Fed. Isto é, a política monetária planejada pelo Banco Central dos EUA não alcança todos os agentes do mercado.
Temos um quadro de recessão
A verdade é que o preço de alguns dos principais ativos das famílias norte-americanas está despencando. É provavelmente a maior deflação desse tipo na história dos EUA. Temos, portanto, um quadro de recessão.
Tomando como exemplo o setor imobiliário, o preço das casas já caiu cerca de 8%. E minha expectativa é de que a queda total estará entre 20% e 30%. Ora, uma baixa de 30% no preço das casas implica a destruição agregada de valor de, no mínimo, US$ 4 trilhões.
Isso significa que 10 ou 15 milhões de famílias norte-americanas terão um patrimônio líquido negativo. Ou seja, o valor de seus imóveis será menor que as hipotecas que terão de ser pagas. Nesse contexto, o comportamento usual é de simplesmente abandonar a hipoteca e devolver as chaves da casa.
Uma incógnita
Estamos falando de um problema crítico e coletivo. De 10 a 15 milhões de famílias decretando calote em hipotecas. É uma situação bastante provável. Agora mesmo as taxas de moratória estão disparando.
As soluções para essa crise imobiliária não estão claras. Existem limites para a capacidade da política monetária resolver os problemas do sistema financeiro.
Fonte
Infomoney em 21/02/08
Investmaniacos (por e-mail)
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