O que foi a Grande Depressão de 1929?

às 11:39 AM Posted by Investmaníacos under
No final da primeira guerra houve uma retração na economia norte americana, pois a industria de guerra diminuíra o ritmo de produção. Dessa forma, os soldados que voltavam da guerra não encontravam emprego.

Entre 1919 e 21 o país viveu a “Pequena Crise”, determinando a derrota dos democratas.

A partir de 1922 a França e a Inglaterra começaram o processo de recuperação e passaram a saldar suas dívidas com os EUA, porém esse procedimento somente foi colocado em prática na medida em que os alemães pagavam as reparações de guerra.

A partir de 1924, os EUA passaram a colaborar com a recuperação da economia alemã, fazendo investimentos no país, garantindo assim o pagamento das reparações da Guerra.

Esse período, após o ano de 1921 até a crise de 29, ficou conhecido como Big Business, caracterizado por grandes exportações dos europeus, desenvolvimento tecnológico, grande aumento da produção em novas áreas como a automobilística ( Ford) e elevação do nível de consumo das camadas médias urbanas. Os edifícios, como o
Empire State, tornaram-se os símbolos da prosperidade norte americana.

A CRISE DE 1929

O QUE OCORREU?

A especulação na
década de 20 foi um fenômeno que alimentou a crise, pois como as empresas estavam obtendo altos lucros, o valor de suas ações cresceram, mais sociedades anônimas foram criadas e desenvolveu-se um amplo mercado de empresas responsáveis apenas por gerir e investir dinheiro.

O início da crise ocorreu no campo. Na medida em que as exportações foram diminuindo, os grandes proprietários não conseguiram saldar as dívidas realizadas no período da euforia. Além disso foram forçados a pagar altas taxas para armazenar seus grãos, acumulando dívidas que os levou, em massa, à falência. A crise no campo refletiu-se nas cidades com o desabastecimento pois o poder de compra diminuiu na medida em que a mecanização da indústria passou a gerar maior índice de desemprego; e ao mesmo tempo promoveu a quebra de instituições bancárias, que confiscavam as terras e ao mesmo tempo não recebiam os pagamentos dos industriais que passavam a não vender sua produção.

A QUINTA-FEIRA NEGRA

Entre os dias 24 (quinta-feira) e 29 (terça-feira) de outubro daquele ano de 1929, milhões de ações perderam seu valor virando pó.

A euforia acentuada naqueles anos 20, tinha de tal forma contaminada a vida dos norte-americanos, que todos acreditavam que podiam ficar ricos e nada iria mudar. Especular na Bolsa de Valores então, era dizer que iria se tornaria rico do dia para a noite. Em Wall Street as ações eram lançadas no mercado ininterruptamente.

Até 1927, esta subida tinha relação direta com o aumento da produção, mas a partir de 1928, esse aumento já não correspondia com a realidade. Naquela época, poucos pensaram que as ações estavam tendo um aumento artificial.

Um segundo problema estava na dinâmica da Bolsa de Valores de Wall Street. O governo não administrava as operações da bolsa. Havia total ausência de normas nessa atividade. Qualquer um podia investir em ações, sem precisar de dinheiro para isso. Bastava, por exemplo comprar os títulos e adiantar a metade ou 10% de seu valor. Tudo não passava de uma ilusão. Se essas ações dobrassem, fazia-se crédito para comprar outras e assim por diante. Era preciso constantemente cobrir a diferença entre o valor real e o valor artificialmente fixado.

Em 1929, uma alta dos títulos e valores negociados alimentava a ilusão do jogo acionário. Mas a maioria dos investidores ignorava a lógica dos números. Sabia apenas que se poderia comprar ações de 50 mil dólares com apenas 1 mil no bolso. A maioria não sabia calcular juros. Que problema! Haja números negativos sob a forma de saldos negativos nos bancos!

A Bolsa estava em um dia calmo, mas o mercado já dava sinais de que mais dia menos dia iria estourar. Naqueles fatídicos dias de outubro de 1929 o mercado estourou.

Em 24 de outubro de 1929 aconteceu o dia que ficou conhecido como quinta-feira negra. A quebra da bolsa de valores de Nova York levou o mundo inteiro à crise, especialmente os Estados Unidos.

Manchetes no jornais mostravam o clima de pânico em Wall Street.

QUE BOMBA!

As cotações passaram a cair enquanto subia o número de títulos postos à venda. Os investidores começaram a vender. Via-se no rosto deles, o desespero. Dezenas de pessoas nas ruas de Wall Street esperavam por notícias. Na confusão, investidores, banqueiros, empresários se atiravam dos prédios. Os hotéis, os mais altos, nem mais aceitavam hospedes que viessem sem mala com medo de que fossem os suicidas.

PÂNICO

Em épocas de pobreza, desemprego e fome, o que restou à maioria dos cidadãos americanos foi fazer filas. Para obter um trabalho, para receber um prato de sopa distribuído em pequenos caminhões – os Free to the Needy. Fila diante das fábricas fechadas, nos campos onde a agricultura definhava os homens se ofereciam publicamente para obterem trabalho em condições bastante próximas às da escravidão. Alguns traziam cartazes com os dizeres: "Trabalho 14 horas por dia por 1 dólar."

CRISE MUNDIAL!

A crise espalhou-se rapidamente pelo mundo, como a música de
Duke Ellington, o grande músico de jazz da época. Os EUA eram o maior credor dos países europeus e latinos e passaram a exercer forte pressão no sentido de receberem seus pagamentos. Com a quebra industrial, o desabastecimento do mercado latino americano foi afetado, provocando a falta de produtos e a elevação de preços, as importações norte-americanas diminuíam e mais uma vez os países latinos sentiam os efeitos da crise, pois viviam da exportação de gêneros primários ou mesmo supérfluos, como o café no Brasil.

Na medida em que a economia européia se retraía, as áreas coloniais na Ásia e na África eram afetadas, pois aumentava a exploração das potências imperialistas. O único país a não sentir os efeitos da crise foi a URSS, que naquele momento encerrava o primeiro Plano Qüinqüenal e preparava o segundo, ou seja, desenvolvia uma economia fechada, que não utilizou-se de recursos externos, apesar das grandes dificuldades do país após a Revolução Russa e a Guerra Civil.

Fonte

Site
Caiozip

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