O feriado norte-americano do Dia da Independência permitiu à Bovespa o luxo de fechar o pregão com ligeira alta, depois de ter tombado quase 9% nas três primeiras sessões de julho. A ausência dos investidores norte-americanos do pregão - e a pouca disposição daqueles que trabalharam - fez com que o volume fosse segundo o menor registrado em todo o ano de 2008, atrás apenas do verificado em 26 de maio (R$ 2,608 bilhões), também por conta de outro feriado, nos Estados Unidos e Reino Unido.

A Bovespa movimentou hoje apenas R$ 2,812 bilhões (preliminar). No encerramento, o índice registrou alta de 0,16%, aos 59.365,4 pontos, reduzindo as perdas de julho a 8,69%. No ano, a queda da Bolsa alcança 7,08% e, na semana, somaram 7,7%. O índice oscilou hoje entre a mínima de 58.786 pontos (-0,82%) à máxima de 59.779 pontos (+0,85%).

Apesar de Wall Street não operar hoje, a leva de notícias ruins se manteve, hoje com origem na Europa, onde os mercados recuaram afetados pelo setor financeiro. Um banco de investimentos estrangeiro reduziu as estimativas de lucros de 40 bancos europeus até 2010 e disse ainda que as instituições terão de levantar US$ 94 bilhões em capital extra ou deixar de pagar dividendos durante um ano para fortalecerem seus balanços patrimoniais. Em Londres, o índice FT-100 encerrou com queda de 1,16%, acumulando perda de 2,12% na semana. O índice CAC-40, da bolsa de Paris, declinou 1,80%, perdendo 2,99% na semana. Em Frankfurt, o DAX-30 encerrou com baixa de 1,28% - na semana, a perda foi de 2,3%.

No Brasil, a alta tímida hoje foi decidida no finalzinho da sessão que, até então, registrava queda, próxima à estabilidade. Nos últimos dias, as ordens de vendas foram amplificadas pela atuação dos estrangeiros, tanto que a saída de fluxo externo da Bovespa, recorde em junho, continua ocorrendo neste mês.

Para a próxima semana, o mau humor continua, mas há quem preveja uma onda de compras diante dos preços baixos de muitos ativos domésticos, entre eles as blue chips Vale e Petrobras. Hoje, esses papéis estiveram entre os que avançaram, já com alguns corajosos indo às compras. Esse volume pode engrossar semana que vem se o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, nos dois discursos que fará na terça e quinta-feira, conseguir tranqüilizar os mercados. Também é destaque da agenda da semana que vem a reunião do Banco da Inglaterra para decidir os juros no país e vários índices de inflação no Brasil.

Fonte:

AE Broadcast / EUM Investimentos

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