A Bovespa continua a se comportar como uma gangorra: ora em alta, ora em baixa, sem sair do lugar. Hoje foi o dia da queda, novamente na contramão de Wall Street. E a mesma razão que ajudou os índices norte-americanos a subir incentivou a Bovespa a cair: o petróleo voltou a fechar em baixa. Os metais acompanharam e, com isso, as ações brasileiras, muito ligadas a commodities, foram atrás, ajudadas também pela venda dos estrangeiros.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,85%, aos 59.647,3 pontos. Oscilou entre a mínima de 59.231 pontos (-2,54%) e a máxima de 60.780 pontos (+0,01%). No mês, tem perdas de 8,26% e, no ano, de 6,63%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,116 bilhões (preliminar).

Em Nova York, o Dow Jones terminou o pregão em alta de 1,18%, aos 11.602,5 pontos. O S&P avançou 1,35% e o Nasdaq, 1,07%. Além da queda do petróleo - o contrato para agosto terminou o dia em baixa de 2,36%, a US$ 127,95, na Nymex-, os números da Caterpillar também ajudaram a neutralizar os balanços ruins conhecidos entre ontem e hoje, com destaque para o Wachovia.

Mas o mesmo banco que anunciou perdas muito superiores às previsões (prejuízo por ação de US$ 4,20 ante estimativa de US$ 0,78) também fará corte de US$ 2 bilhões em despesas e não tem nos planos uma elevação de capital por meio de vendas de ações. Os investidores gostaram destas últimas informações e levaram os papéis de volta ao terreno positivo. Assim como as bolsas.

Aqui, a queda do petróleo, no entanto, foi um incentivo para os estrangeiros se desfazerem de Petrobras. Como a grande maioria das commodities metálicas também seguiu o petróleo e recuou, Vale também entrou nas ordens de vendas, assim como as ações das siderúrgicas. Estes papéis têm maior peso no Ibovespa, mas houve venda generalizada também na segunda linha. Petrobras ON caiu 3,21% e Petrobras PN, 3,43%. Vale ON recuou 3,75% e Vale PNA, 3,62%.

As ações do setor aéreo estiveram entre os poucos destaques de elevação, justamente por causa da queda do petróleo. Gol PN liderou as altas com 6,48%, seguida por Embraer ON (+5,86%) e TAM PN (+2,55%).

Para amanhã, o cenário não mudará muito do de hoje, o que significa dizer que os balanços e as commodities continuarão no foco. Mas há o Copom, do lado doméstico, como adicional e também o Livro Bege do Federal Reserve. Os analistas, entretanto, não esperam surpresas.

Fonte:

AE Broadcast / EUM Investimentos

http://investmaniacos.blogspot.com/

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