Pela quarta sessão seguida, e na contramão do Dow Jones, o Ibovespa terminou a sessão em baixa, com a disposição dos investidores estrangeiros em continuar a se desfazer dos principais papéis domésticos. Petrobras PN, a ação mais líquida, entretanto, fechou em elevação, visto que os preços já tinham atingido importante ponto técnico de compras. Vale, siderúrgicas e bancos, assim, foram os alvos preferidos de vendas.
O Ibovespa terminou a sexta-feira com variação negativa de 0,41%, aos 57.199,1 pontos. Perdeu 4,65% na semana, 12,02% no mês e 10,47% no ano. Hoje, oscilou entre a mínima de 56.418 pontos (-1,77%) a máxima de 57.711 pontos (+0,48%). O volume somou R$ 4,982 bilhões (preliminar).

Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,19%, para 11.370,7 pontos, o S&P avançou 0,42%, a 1.257,76 pontos, e o Nasdaq, +1,33%, para 2.310,53 pontos. Os indicadores conhecidos hoje, juntamente com a queda do petróleo, deram suporte às ações.

Os índices mostraram o fortalecimento das encomendas no setor de manufatura, melhora no sentimento dos consumidores e vendas de novas residências praticamente estáveis. Segundo a Universidade de Michigan, o sentimento do consumidor final de julho subiu a 61,2, ante previsão de que o dado cairia a 53,6. As vendas de imóveis novos recuaram 0,6% em junho (expectativa de queda de 1,4%), e as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos aumentaram 0,8% em junho, após alta revisada de 0,1% em maio. Economistas esperavam queda de 0,5%. O contrato para setembro do petróleo negociado na Nymex recuou 1,78%, para US$ 123,26.

A trégua que esses dados deram a Wall Street, no entanto, não serviu para a Bovespa - embora tenha limitado um pouco a queda doméstica. Embora os analistas considerem que o tombo do Ibovespa já está um pouco além da conta, os investidores estrangeiros continuam vendendo e ampliando ainda mais as perdas acumuladas.

Petrobras PN, uma das ações mais líquidas do índice e que costuma ter o maior giro individual, só safou-se de fechar em baixa no finalzinho da sessão - e justamente porque a queda já havia atingido o ponto técnico de R$ 33,60, chamando compras. Terminou estável, a R$ 34,50. As ON recuaram 0,38%.

Vale perdeu 0,53% na ação ON e 0,05% a PNA. O setor siderúrgico acompanhou - Gerdau PN encerrou em baixa de 2,27%, Usiminas PNA, -3,84% e CSN ON, -1,5% - e também o bancário - Bradesco PN -1,52%, Itaú PN, -2,43%, e Unibanco units, -0,25%. Os estrangeiros têm se desfeito de posições em Brasil por causa de aversão a risco ou para cobrir perdas em outros mercados.

A avaliação de que os balanços domésticos virão bons, no entanto, são um alento para aqueles que apostam na recuperação da Bolsa. Segundo analista, os números devem agradar e, com isso, atrair de volta os investidores estrangeiros e institucionais. Pessoas físicas e fundos ainda têm mantido suas posições neste mercado.
Para a próxima semana, a agenda não é a das mais carregadas, mas tem informações muito relevantes, com peso para manter o estresse sobre os negócios com ações. Um dos indicadores esperados é o famigerado payroll, na sexta-feira, e o ISM industrial e gastos com construção, no mesmo dia. No Brasil, um dos pontos altos é a ata do Copom, na quinta-feira, quando o mercado vai entender o que levou o BC, em decisão unânime, a engrossar a mão do aperto monetário para 0,75 ponto porcentual na sua reunião desta semana.
Como a queda do Ibovespa foi firme nos últimos dias, as apostas de alta existem. Mas tudo dependerá das commodities e, principalmente, do quadro norte-americano e da disposição dos investidores internacionais.

Fonte:

AE Broadcast / EUM Investimentos

http://investmaniacos.blogspot.com

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