As ações da Vale, de novo, levaram a Bovespa a fechar em queda, hoje com a ajuda do setor siderúrgico. O principal índice da Bolsa paulista até subiu em grande parte da sessão, seguindo o desempenho do Dow Jones. Também contribuiu para a reversão do índice a diminuição dos ganhos da Petrobras.

O Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 0,20%, aos 59.988,1 pontos. Durante o dia, oscilou entre a mínima de 59.479 pontos (-1,05%) e a máxima de 61.299 pontos (+1,98%). Na semana, acumulou perda de 0,26%; no mês, de -7,73% e, no ano, de 6,10%. O volume financeiro totalizou R$ 5,191 bilhões (preliminar).

O índice oscilou muito durante o pregão e perto do fechamento acabou virando definitivamente para lado negativo, com a inversão também de Vale PNA, que foi o papel com maior giro individual do Ibovespa (R$ 906 milhões). Vale ON terminou o dia em -1,14% e Vale PNA, em -0,35%, enquanto Petrobras subiu 0,02% o papel ON e 1,06% o PN. Os ganhos da estatal do petróleo não foram melhores porque o petróleo caiu no mercado internacional: na Nymex, o contrato para agosto recuou 0,32%, aos US$ 128,88.

O vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira foi considerado um dos diferenciais do pregão, com os investidores trabalhando pelo menos para garantir a opção de R$ 38 para Petrobras PN e R$ 40 para Vale PNA. "Esse vencimento de opções deve ser um dos mais fracos dos últimos tempos, visto que o tombo de Petrobras e Vale nos últimos dias acabou transformando muitas opções em pó", afirmou analista. Segundo ele, se os investidores não segurassem os preços de Petrobras PN acima de R$ 38 e de Vale PNA, de R$ 40 "o vencimento na próxima segunda-feira realmente seria pífio".

Em Wall Street, o Dow Jones terminou o dia em alta de 0,44%, aos 11.496,6 pontos, o S&P avançou 0,03% e o Nasdaq caiu 1,28%. Os números divulgados por ontem Merrill Lynch, Microsoft, AMD e Google trouxeram resultados abaixo das previsões e conduziram as vendas logo na abertura do pregão. Mas o balanço do Citigroup menos ruim do que era previsto amenizou o clima ruim e permitiu a inversão para o terreno positivo.

O Citigroup anunciou prejuízo de US$ 2,5 bilhões, ou US$ 0,54 por ação no segundo trimestre (ante US$ 0,59 previsto), e baixa contábil de US$ 7,2 bilhões, abaixo dos US$ 9 bilhões que circulavam nas mesas. O Merrill Lynch teve prejuízo líquido de US$ 4,65 bilhões, ou US$ 4,97 por ação (estimativa de US$ 1,91 por ação pelos analistas), no segundo trimestre. O Google teve lucro excluindo itens especiais de US$ 4,63 por ação no segundo trimestre, enquanto analistas esperavam lucro de US$ 4,74 por ação. Microsoft divulgou crescimento no lucro do segundo trimestre, mas ofereceu uma projeção decepcionante para o ano. O prejuízo líquido da AMD no segundo trimestre subiu para US$ 1,19 bilhão, ou US$ 1,96 por ação, quase o dobro da perda de US$ 600 milhões, ou US$ 1,09 por ação, no mesmo período do ano passado. A média das estimativas de analistas projetava perda de US$ 0,52 por ação.

Fonte:

AE Broadcast / EUM Investimentos

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