Visão positiva para 2008, segundo UBS

às 12:35 PM Posted by Investmaníacos under
Visão ainda é positiva, mas Brasil é menos defensivo a piora de cenário, diz UBS

As projeções são otimistas. O banco UBS aposta que 2008 será mais um ano de ganhos na Bolsa brasileira, e projeta que o Ibovespa alcançará os 85 mil pontos, o que significaria um expressivo upside de 33% frente a 2007.

O valuation atrativo das empresas locais, relativa estabilidade cambial e da política monetária, sólido crescimento econômico guiando o avanço corporativo e a possibilidade de consolidação, sobretudo no setor de telecomunicações, são alguns dos fatores que sustentam a opinião do banco.

Contudo, são dois os principais riscos do mercado acionário brasileiro - desempenho dos papéis cíclicos (ligados a commodities) e piora do cenário inflacionário - que levam o UBS a preferir o investimento no México, seu mercado top pick na América Latina .

Riscos externos e domésticos

Em outras palavras, o banco diz que, apesar de seu otimismo em termos absolutos, o Brasil é um mercado menos defensivo a qualquer piora de percepção da evolução da economia global, dado o desempenho das ações cíclicas desde agosto de 2007, mês em que a crise subprime passou a atingir as bolsas globais com intensidade.

Estes papéis tiveram performance relativamente boa dada a atual conjuntura de incertezas quanto ao futuro da economia norte-americana, e o UBS diz que a sustentabilidade do retorno sobre o capital e o crescimento do ciclo de alta das commodities podem vir a ser questionados. Assim, mudanças na percepção para a economia global deixam estes ativos vulneráveis.

O front doméstico também traz ameaças ao desempenho da renda variável brasileira, já que o forte crescimento econômico e a alta nas expectativas inflacionárias trazem maior desconforto à conduta da política monetária.

Não é recente a projeção do UBS de que a Selic não será reduzida em 2008. Junta-se a esta estimativa o fato de o mercado do títulos apontar a possibilidade de elevação no juro básico doméstico, o que, segundo o banco, é "claramente negativo" para setores como consumo e imobiliário, além de exigir certo desconto no valuation frente aos pares emergentes do Brasil.

México mais atrativo

Além de a comparação dos múltiplos das empresas mexicanas mostrarem maior atratividade frente aos pares brasileiros, o UBS acredita ainda que o país se mostrará mais resistente a um desaquecimento, ou mesmo recessão, nos EUA.

Em 2007, a piora de cenário para a economia norte-americana já apresentava uma excelente oportunidade para reduzir ou evitar exposições no México. No entanto, neste momento a cotação das ações implica um desconto muito elevado, conclui o banco suíço.

Fonte


InfoMoney em 15/01/08

Investmaniacos (por e-mail)

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