O enfraquecimento do furacão Gustav fez as cotações do petróleo derreterem, carregando consigo as commodities metálicas. Esse movimento caiu como uma bomba sobre a Bovespa, diante da queda de suas principais ações: Petrobras e Vale. A baixa só não foi maior porque o setor bancário operou em alta, dando algum suporte ao principal índice do mercado doméstico.

Assim, no segundo pregão de setembro, e pela terceira sessão seguida, a Bolsa paulista recuou. Perdeu hoje 1,37%, aos 54.404,4 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 54.207 pontos (-1,73%) e a máxima de 55.412 pontos (+0,45%). No mês, acumula baixa de 2,29%. O volume financeiro totalizou R$ 4,201 bilhões (preliminar), mais que o dobro do registrado ontem, mas ainda abaixo da já fraca média de setembro, de R$ 4,811 bilhões (menor do ano).

Os investidores norte-americanos voltaram do feriado do Dia do Trabalho ontem dispostos a devolver todo o prêmio que embutiram nos preços do petróleo antes que o Gustav atingisse as instalações no Golfo do México. Como os estragos foram menores do que acreditavam que seriam, a correção foi forte. O contrato para outubro da commodity negociada na Nymex recuou 4,98%, aos US$ 109,71, na menor cotação desde 8 de abril.

A queda do petróleo e o fortalecimento do dólar ante o euro também tiveram impacto negativo sobre as commodities metálicas, que recuaram. Aqui, Petrobras ON perdeu 2,39%, PN, -3,22%, Vale ON, -2,31%, e ONA, -1,63%. As siderúrgicas também operaram em baixa, mas as ações dos bancos, que acompanharam os papéis do setor nos EUA e ainda reagiram ao anúncio de que a Visanet fará uma Oferta Pública Inicial, deram alguma trégua ao Ibovespa ao fecharem no terreno positivo.

Em Wall Street, o Dow Jones terminou o dia em baixa de 0,23%, aos 11.516,9 pontos, o S&P perdeu 0,41%, aos 1.277,57 pontos, e o Nasdaq recuou 0,77%, para 2.349,24 pontos. Os papéis de bancos subiram e limitaram as perdas, entre eles o do Lehman Brothers, depois que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul confirmou que está em negociações para um investimento na instituição. Já os indicadores econômicos divulgados hoje não alteraram o rumo dos negócios.

Entre os dados foi conhecido o índice ISM de atividade no setor de manufatura, que caiu para 49,9 em agosto, abaixo do patamar de 50 (que sugere contração da atividade), mas ficou levemente acima dos 49,5 previstos pelos economistas. Já os gastos com construção cederam 0,6% em julho, um pouco acima da retração de 0,5% esperada pelos economistas.

Para amanhã, o comportamento das commodities continuará ofuscando os eventos de agenda.

Fonte:

AE Broadcast / EUM Investimentos

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